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Economia

- Publicada em 12 de Novembro de 2015 às 19:47

Punição mais dura diminui protestos de caminhoneiros em todo o Brasil

Cardozo foi convocado na Câmara a explicar severidade de medidas

Cardozo foi convocado na Câmara a explicar severidade de medidas


MARCELO CAMARGO/ABR/JC
Após o anúncio do governo federal de aumentar as multas para quem fizer interdições em rodovias, apenas três paralisações de caminhoneiros ocorreram no País nesta quinta-feira, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Após o anúncio do governo federal de aumentar as multas para quem fizer interdições em rodovias, apenas três paralisações de caminhoneiros ocorreram no País nesta quinta-feira, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
No Rio Grande do Sul, foi reportada apenas uma paralisação parcial na BR-472, em Santa Rosa. Outras duas interdições parciais ocorreram na BR-153 em Colina dos Tocantis (TO) e na BR-267, em Maracaju (MS).
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou na quarta-feira uma medida provisória (MP) que aumenta as multas para quem fizer interdições de rodovias e organizar manifestações. Nas medidas anunciadas, ele também determinou o reforço de segurança da Força Nacional de Segurança Pública.
A MP anunciada por Cardozo altera o Código Nacional de Trânsito e estabelece multa no valor de
R$ 5.746,00 para quem interromper, restringir ou perturbar a circulação de vias e de
R$ 19.154,00 para quem organizar as manifestações. Em caso de reincidência, o valor cobrado será o dobro. Atualmente, a multa é R$ 1.915,00. Além da multa, haverá a suspensão de dirigir por 12 meses, a apreensão e a remoção do veículo e o recolhimento do documento de veículo.
Nesta quinta-feira, a Comissão de Agricultura da Câmara aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para dar explicações sobre a severidade das punições contra os caminhoneiros. O Palácio do Planalto se recusa a reconhecer o movimento e abrir um canal de diálogo. A avaliação é de que não existe uma pauta concreta e que as paralisações têm caráter político, com o objetivo de desestabilizar a presidente Dilma Rousseff.
Um dos líderes dos caminhoneiros em greve, Ivar Schmidt, diz que o grupo não abre mão do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff e afirma que não vai deixar de fazer os bloqueios para abrir um diálogo com o governo federal. "Não vamos recuar nenhum passo. Não vamos retirar a questão do impeachment. Não suportamos mais o aumento de custos que estamos tendo com combustível, energia, alimentação", disse.
Um dos integrantes do Comando Nacional do Transporte, Fabio Luiz Roque, declarou em página do Facebook que a paralisação não havia terminado e que "a partir de quinta-feira no Rio Grande do Sul e em outros estados, as paralisações ficarão mais fortes".
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