Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Conjuntura

- Publicada em 11 de Novembro de 2015 às 19:46

Levy concorda com ideias de Meirelles

Henrique Meirelles (e) e Joaquim Levy (d) estiveram juntos em evento

Henrique Meirelles (e) e Joaquim Levy (d) estiveram juntos em evento


ANDRESSA ANHOLETE/AE/JC
Alvo de rumores de que perderia o cargo para o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que comunga das mesmas ideias em relação aos rumos da economia. No Encontro Nacional da Indústria (Enai), ele abriu o discurso com um aviso: concorda com tudo o que o ex-colega de governo diria no encontro. "Trabalhamos juntos", afirmou, ao se referir ao tempo em que ocupava a secretaria do Tesouro.
Alvo de rumores de que perderia o cargo para o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que comunga das mesmas ideias em relação aos rumos da economia. No Encontro Nacional da Indústria (Enai), ele abriu o discurso com um aviso: concorda com tudo o que o ex-colega de governo diria no encontro. "Trabalhamos juntos", afirmou, ao se referir ao tempo em que ocupava a secretaria do Tesouro.
Levy disse que a agenda de crescimento da indústria é a mesma do governo. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) quer o corte de gastos para organizar as contas públicas e impulsionar o investimento, bandeira defendida pelo ministro.
Segundo Levy, o ajuste fiscal é o primeiro passo para a retomada do crescimento. Para o ministro, parte dessa agenda significa melhorar a qualidade dos gastos públicos e fazer reformas estruturais. Levy afirmou que alguns podem perguntar por que isso não foi feito antes e disse que, às vezes, quando está fazendo sol, é normal que se esqueça de consertar o telhado. "Mas quando começa a pingar, é melhor fazer o conserto antes que comece a chover", destacou.
O ministro disse que o governo já teve que adotar medidas com custo político. Um exemplo foi o realinhamento dos preços, o que fez a inflação subir em 2015. Mas ressaltou que elas são necessárias para que avanços sejam feitos. "Foram mudanças que tiveram um preço político. A presidente Dilma Rousseff está pagando esse preço. Mas precisamos avançar para sermos vitoriosos."
O Enai 2015 serviu de palco para uma situação inusitada: Levy e Meirelles almoçaram juntos no evento.

Ex-dirigente do BC desconversa sobre a hipótese de assumir o Ministério da Fazenda

O ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles desconversou sobre a possibilidade de assumir o comando do Ministério da Fazenda, especulação que ganhou força nos últimos dias. Ao ser questionado sobre as chances reais de assumir a pasta, Meirelles disse que não comenta especulações.
"Não há convite concreto, e eu não comento especulações ou nenhum tipo de hipótese", disse o ex-presidente do BC. Ele também preferiu não responder perguntas sobre a atual política econômica do governo, por conta do "barulho" em torno de seu nome.
Sobre a relação com a presidente Dilma Rousseff, Meirelles disse que sempre manteve uma relação cordial e produtiva, desde os tempos que eram colegas de ministério do governo Lula. "Minha experiência (com ela) sempre foi tranquila, com convergência e divergências em pontos de vistas, o que é normal", afirmou.
Durante sua exposição no Encontro Nacional da Indústria (Enai), Meirelles disse que é preciso reduzir a carga tributária, na contramão do que tem defendido o governo. "Se olharmos à frente, no médio e longo prazos, precisamos discutir a questão da carga tributária no Brasil, sim. Vislumbrar à frente uma queda da carga tributária. A curto prazo, pode haver algum aumento temporário, mas isso precisa ser demonstrado para a sociedade por que é temporário, o que vai acontecer e o que vamos fazer à frente para que venha a cair", destacou.
Com relação à proposta de recriação da CPMF, Meirelles disse que não está no lugar das pessoas responsáveis para analisar os gastos e que fica difícil avaliar se existem outras alternativas. Mesmo assim, ele criticou o imposto. "CPMF não é necessariamente um imposto positivo, no sentido de que existem diversas formas de tributação que são mais produtivas, ou menos negativas."