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Economia

- Publicada em 08 de Novembro de 2015 às 18:43

Demanda global retraída afeta exportações da China

Governo tenta sustentar o yuan diante da desaceleração econômica

Governo tenta sustentar o yuan diante da desaceleração econômica


AFP/JC
As exportações da China caíram em outubro pelo quarto mês consecutivo, e o que já chegou a ser uma grande engrenagem da economia chinesa continuou a sofrer com o enfraquecimento da demanda global. O apetite no mundo por produtos chineses tem ficado abaixo do esperado, avaliam analistas. Ao mesmo tempo, a fraca economia doméstica continua reduzindo importações.
As exportações da China caíram em outubro pelo quarto mês consecutivo, e o que já chegou a ser uma grande engrenagem da economia chinesa continuou a sofrer com o enfraquecimento da demanda global. O apetite no mundo por produtos chineses tem ficado abaixo do esperado, avaliam analistas. Ao mesmo tempo, a fraca economia doméstica continua reduzindo importações.
"Os dados são novamente nada encorajadores", disse o economista do Commerzbank, Zhou Hou. "É improvável que esse cenário para o comércio exterior mude no curto prazo", acrescentou. Os resultados divulgados ontem sugerem que o cenário para exportação está piorando. As exportações da China medidas em dólares caíram 6,9% em outubro na comparação com o mesmo período do ano anterior, depois de uma queda de 3,7% em setembro, informou ontem a Administração Geral das Alfândegas. A queda foi maior que a esperada por economistas ouvidos pelo Wall Street Journal. As estimativas indicavam recuo de 4,1%. As importações em dólares, por sua vez, recuaram 18,8% em outubro deste ano ante o mesmo mês do ano anterior, queda maior do que as previsões, que indicavam retração de 15%.
Apesar disso, a China está a caminho de um superávit comercial recorde neste ano, o que daria alguma força ao yuan, disse o economista da Macquarie, Larry Hu. A China tem tentado sustentar o valor da moeda chinesa, enquanto a desaceleração do crescimento e uma desvalorização inesperada fizeram investidores apostarem que um enfraquecimento maior está por vir.
Uma melhora na economia chinesa vai depender ainda de uma demanda doméstica mais forte e de um cenário mais atrativo no setor imobiliário, comentou Hu. O Ministério do Comércio da China disse, na quinta-feira, em um relatório, que as exportações devem ter leve alta em 2015, enquanto as importações tendem a reportar um declínio "relativamente grande", uma vez que a redução dos preços de commodities continua a pesar.
O aumento de custos de mão de obra e de terrenos nos últimos anos na China enfraqueceu a competitividade das exportações, disse o ministério. O salário médio para trabalhadores em províncias da costa, incluindo a região manufatureira de Guangdong, atingiu US$ 600,00 por mês, duas vezes mais que em outros países do Sudeste asiático.
Promo Solution, uma exportadora de materiais de escritório e presentes para a América do Norte, Europa e Japão, disse que o cenário desafiador tem motivado uma mudança de perfil. "Passo a passo, estamos tentando nos mover em direção a produtos de maior valor, para que possamos melhorar margens", disse o executivo Jin Bo.
A China tem mantido uma meta de 6% de crescimento anual para o comércio em 2015, que já parece difícil de ser alcançada. Esse número é comparado a uma meta de alta de 7,5% em 2014, que não foi alcançada por uma diferença de mais de quatro pontos percentuais.
Exportadores em Guangdong disseram que a recente e modesta depreciação do yuan ofereceu pouco alívio. "Muitos ocidentais acham que isso nos ajudou muito", disse o gerente de vendas da companhia de móveis Fujian. "Mas a depreciação de 2%, na verdade, nos prejudicou, porque cada consumidor nos telefonava pedindo um desconto de 6%, e tivemos que dar pelo menos 4%", disse o empresário.
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