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Turismo

- Publicada em 08 de Novembro de 2015 às 22:01

Rafting é destaque em roteiros na Serra gaúcha durante o verão

 turistas fazem rafting no Eco Parque Cia Aventura em Nova Roma do Sul. - TURISMO

turistas fazem rafting no Eco Parque Cia Aventura em Nova Roma do Sul. - TURISMO


ECO PARQUE CIA AVENTURA/DIVULGAÇÃO/JC
Liberar adrenalina descendo corredeiras em um bote inflável é uma experiência que tem atraído milhares de turistas de aventura para a Serra gaúcha, onde cinco parques ecológicos oferecem atividades como o rafting. O contato com a natureza, os banhos de rio e a integração entre os participantes complementam o pacote. Na alta temporada, que se iniciou neste mês e vai até março, os principais empreendimentos do ramo devem receber juntos mais de 50 mil pessoas em busca do atrativo.
Liberar adrenalina descendo corredeiras em um bote inflável é uma experiência que tem atraído milhares de turistas de aventura para a Serra gaúcha, onde cinco parques ecológicos oferecem atividades como o rafting. O contato com a natureza, os banhos de rio e a integração entre os participantes complementam o pacote. Na alta temporada, que se iniciou neste mês e vai até março, os principais empreendimentos do ramo devem receber juntos mais de 50 mil pessoas em busca do atrativo.
Localizada a 25 km de Gramado e Canela, a cidade de Três Coroas, no Vale do Paranhana, é bastante conhecida por sua tradição de descidas de rafting e esportes de aventura. Lá funcionam quatro parques do gênero, por onde passaram 210 mil pessoas entre 2012 e 2014, a maioria moradores da Região Metropolitana de Porto Alegre. Deste volume de visitantes, 80 mil foram especialmente para vivenciar a sensação de seguir o curso do rio em um bote, contornando obstáculos naturais como pedras, troncos, quedas e corredeiras, munidos apenas de remos. "Claro que todos os participantes da atividade recebem equipamentos de segurança, como capacete e colete salva-vidas", destaca o diretor comercial do Brasil Raft Park, em Três Coroas, Cristian Krummenauer. Somente neste empreendimento, ocorrem em torno de 240 descidas por dia no decorrer do verão.
Aberto de segunda-feira a segunda-feira, o local realiza os passeios pelas corredeiras do Rio Paranhana mediante reservas antecipadas e também oferece outras atividades em meio aos seus 10 hectares inseridos na Mata Atlântica. Dos atrativos de aventura, trilhas no meio da mata, tirolesa, exploração das copas das árvores com tirolesa em controle de travessia, paintball e rapel são atividades complementares ao "carro chefe" do empreendimento. "O parque também oferece prática de tiro de arco e flecha e slackline, além de atividades motivacionais para corporações (jogos para adultos adaptados conforme temática de cada empresa)", completa. Os níveis de dificuldade das corredeiras que surgem do início ao final do trecho de oito quilômetros destinado ao rafting no Brasil Raft Park são de classe II e III, a exemplo das demais da região. Isso representa águas agitadas, com algumas rochas, exigindo manobras do bote, e até algumas ondas e pequenas quedas com pouco risco. O passeio dura cerca de três horas, considerando as paradas para atividades como surfe de bote na onda e banhos no rio.
O rafting comercial é voltado para pessoas de qualquer idade acima de cinco anos (dependendo do nível de dificuldade, a idade mínima sobe para sete ou oito anos) incluindo as que nunca tiveram uma experiência anterior, tornando o esporte acessível, explica o proprietário da operadora Eco Aventuras Turismo, Édrei Augusto Ascêncio. Ele destaca que sempre há presença de monitores durante as decidas, e que antes da empreitada o grupo de participantes recebe uma série de orientações de como proceder.
A empresa atende no do Parque das Laranjeiras, em Três Coroas, onde o rafting também é a atividade de aventura mais procurada. O trecho do Rio Paranhana explorado pelo empreendimento é de cinco quilômetros, e o passeio também inclui paradas para banho e salto na pedra, entre outras atividades de relaxamento. Em média, 2,5 mil pessoas visitam o Parque das Laranjeiras a cada fim de semana da alta temporada. A atividade só não é recomendada para gestantes, pessoas com problemas cardíacos ou recém-operadas, adverte Ascêncio.

Esporte pode ser praticado em noites de lua cheia

Versão poética da atividade de aventura, o rafting noturno é atrativo para quem gosta de apreciar a magnitude da lua cheia. Apesar do trecho ser o mesmo, a metodologia e experiência são diferentes, garante o diretor comercial do Brasil Raft Park, em Três Coroas, Cristian Krummenauer. Na última década, o esporte adaptado para o turismo deixou de ser uma demanda de jovens em busca de fortes emoções, para se ampliar a famílias com crianças, pessoas com deficiência e pessoas da terceira idade. "No fim do ano, é comum grandes corporações realizarem integração e trabalhos motivacionais junto às suas equipes, utilizando o rafting como uma ferramenta para estes fins", afirma o gerente comercial do Paranhana Parque (que integra o polo de empreendimentos de aventura de Três Coroas no bairro Linha Café), André Ramisch.
Criado em 2012, o Paranhana Parque é o mais novo local voltado para a prática de rafting na cidade, que conta com outros atrativos turísticos como o centro Chagdud Gonpa Khadro Ling - único templo budista tibetano da América do Sul situado sobre as montanhas e aberto à visitação pública, com entrada franca - e o Espaço Tibet (restaurante temático com versões contemporâneas da cozinha tradicional do Tibete). Para quem quiser explorar todas as demais atividades de aventura, há um camping no Paranhana Parque, uma pousada dentro do Parque das Laranjeiras, um hotel, alguns hostels e pousadas menores no Centro de Três Coroas.
Outro ponto de exploração de rafting na Serra está em Nova Roma do Sul, município distante 50 quilômetros de Bento Gonçalves, na margem do Rio das Antas. Situado a seis quilômetros do Centro, o Eco Parque Cia Aventura realiza a aventura somente aos sábados à tarde e domingos pela manhã, com agendamento e reserva. "Estes horários ocorrem porque precisamos da liberação de água da usina hidroelétrica Castro Alves", explica o proprietário do empreendimento, Júlio César de Borba. São 8,5 quilômetros de extensão, passando por corredeiras de níveis III e IV (ondas pequenas, com pequenas quedas, ou ondas médias e presença de poucas pedras, com quedas consideráveis, que dificultam algumas manobras). "O passeio dura em média 2h e 30min, e não é perigoso, mas propicia uma boa dose de aumento da adrenalina", indica Borba.