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Empreendedorismo

- Publicada em 02 de Novembro de 2015 às 22:56

Projeto capacita em gestão e administração

Lucimara diz que maioria das atividades tem potencial de inovação

Lucimara diz que maioria das atividades tem potencial de inovação


MARCO QUINTANA/JC
Há tempos, a economia criativa vem se fortalecendo em Porto Alegre, que figura entre as cidades que mais investem na área no País. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), a capital gaúcha só perde para a paulista. O crescimento da indústria na área, no entanto, muitas vezes emperra em questões estratégicas, como de gestão e administração. Em função disso, tem aumentado também o número de incubadoras e de iniciativas que buscam reconhecer os processos criativos na área e auxiliar os empreendedores na qualificação empresarial e na geração de diferenciais competitivos.
Há tempos, a economia criativa vem se fortalecendo em Porto Alegre, que figura entre as cidades que mais investem na área no País. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), a capital gaúcha só perde para a paulista. O crescimento da indústria na área, no entanto, muitas vezes emperra em questões estratégicas, como de gestão e administração. Em função disso, tem aumentado também o número de incubadoras e de iniciativas que buscam reconhecer os processos criativos na área e auxiliar os empreendedores na qualificação empresarial e na geração de diferenciais competitivos.
É com o objetivo de alavancar empresas da área criativa que o Sebrae-RS desenvolve em Porto Alegre o Projeto Economia Criativa. O curso é o segundo na área - desde o ano passado, uma capacitação semelhante é desenvolvida na Serra Gaúcha. Lucimara Miceli Santos Pereira, contadora e gestora do Sebrae-RS e uma das coordenadoras do projeto, avalia que a maioria das atividades que integram o programa tem grande potencial de inovação, mas carece de treinamento. "A parte criativa é trabalhada como arte e, muitas vezes, não é vista como um negócio. Por isso, a ideia é que eles compreendam o impacto que podem ter na economia", aponta.
O programa começou em abril, terá duração de dois anos e, ao final desse período, capacitará 47 empresas nas áreas de design, arquitetura e música. "Depois de uma primeira experiência, achamos melhor segmentar os campos", justifica Lucimara. Os empreendedores participam de conferências, mas também recebem consultorias individuais.
"Neste primeiro ano, nós queremos que eles se sintam atraídos e que entendam a necessidade de uma metodologia que efetivamente sistematize a gestão nas empresas para que um produto mais eficaz chegue aos mercados." Na segunda etapa do curso, os empreendedores receberão uma consultoria mais eficaz na área, com o objetivo de sistematizar a gestão nas empresas, com ações que vão desde o entendimento de finanças, até o relacionamento com o público.

Espaços criativos também atuam no incentivo à criação de novos negócios

La Casa de Pandora abriga empresas que são complementares

La Casa de Pandora abriga empresas que são complementares


MARCO QUINTANA/JC
Foi a vontade de investir em um negócio melhor gerido que fez com que Victor Mendes, fundador do La Casa de Pandora, espaço criativo de Porto Alegre, deixasse o antigo trabalho para se dedicar a um novo empreendimento. "Além da ideologia criativa, ele sentia falta de uma organização administrativa", conta Karina Jacques, fotógrafa e integrante do núcleo de comunicação da
Pandora.
Fundada em setembro de 2014, a casa abriga empresas que são complementares e que já estão consolidadas, mas tem como um dos pilares impulsionar o crescimento de novos negócios. "A ideia da casa compartilhada é justamente a de oferecer uma estrutura para quem estiver começando e precisar de uma ajuda inicial", define Karina.
Incentivar novos negócios também foi o que motivou Tassiana Bergamo a integrar a equipe do Studio Q, localizado no quarto distrito - polo de negócios criativos situado na zona Norte de Porto Alegre. "Nós prestamos consultoria para a elaboração de um plano de negócios, mas eu digo que é terapia mesmo", destaca. Além da incubadora, o local, chamado pelos sócios de multiespaço criativo, abriga uma escola, onde são promovidos cursos nas áreas de arte, comunicação e marketing.
Para Lucimara Miceli Santos Pereira, contadora e gestora do Projeto de Economia Criativa do Sebrae RS, o investimento na área é a saída para uma crise não só econômica, mas social. "A criatividade é uma habilidade inerente desse público. O que falta é as pessoas saberem transferir esses processos para o fortalecimento da indústria da área. Se isso acontecer, automaticamente podemos ter uma saída também para a crise social de informação e de interesse pela inovação." Ela acredita que isso já vem acontecendo e pode ser observado no cenário criativo: "Os empreendedores estão buscando se qualificar e se preparar para fortalecer a área na Capital", pondera.