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Opinião

- Publicada em 04 de Novembro de 2015 às 22:27

Soluções móveis para rastreamento de cargas e de frotas

A rastreabilidade de frotas e produtos, principalmente para grandes empresas, é um elemento básico em planos de segurança e de gestão da qualidade na organização. Um bom sistema de rastreabilidade garante o controle completo de informações e dados que envolvem uma operação e garantem segurança, tanto para a empresa quanto para seus clientes.
A rastreabilidade de frotas e produtos, principalmente para grandes empresas, é um elemento básico em planos de segurança e de gestão da qualidade na organização. Um bom sistema de rastreabilidade garante o controle completo de informações e dados que envolvem uma operação e garantem segurança, tanto para a empresa quanto para seus clientes.
Desde que projetada corretamente, a rastreabilidade se torna uma base eficaz e eficiente de documentação, responsabilidades, recursos, processos, produtos e serviços. No atual contexto de mercado, a rapidez nas entregas ou coletas, bem como a informação, tornou-se fundamental para as empresas. Dessa forma, é possível aumentar a produtividade, reduzir os prejuízos com furtos e roubos de mercadoria, minimizar custos, promover a confiança do cliente e proteção da marca, além de otimizar a eficiência da produção, o controle de qualidade e o controle de estoque.
A demanda por esse tipo de serviço cresce cada vez mais em todo o mundo, e principalmente no Brasil, devido à necessidade imposta pela grande dimensão terrestre do País. Empresas de diferentes segmentos, principalmente, do setor de alimentos, químico e de medicamentos, podem se beneficiar com esses recursos já que atrasos para entrega, má condições de armazenamento, extravio ou manipulação desses produtos podem causar grandes problemas e perdas ao negócio.
Muitas empresas realizam o serviço de rastreabilidade via satélite ou por telemetria. No primeiro caso, os sinais de satélite permitem o envio de mensagens entre a empresa e o veículo, e vice-versa. A localização do produto é obtida através de mapas digitais, envio de comandos e recebimento de alertas. Já a telemetria é a tecnologia focada no rastreamento através de dados, enviados por rádio ou satélite. É um sistema de com diversas aplicações, muito usada em indústrias de monitoramento de energia, meteorologia e outros setores que necessitam de medição constante.
Porém, ambos os sistemas são extremamente caros, chegando a custar milhões de reais para serem adotados. Com isso, muitas empresas não conseguem ter acesso ao serviço. A boa notícia é que hoje empresas focadas em tecnologia e mobilidade já conseguem propor modelos de logística que inovam o mercado e realizam o mesmo serviço de rastreabilidade por preços bem menores.
Essa solução consiste, basicamente, em sistemas de monitoramento e rastreabilidade feitos através de qualquer dispositivo móvel, seja um smartphone, tablet, entre outros. Quando conectados à internet, as empresas conseguem ter acesso, em qualquer local do Brasil, a todas as informações de localização dos produtos. Os custos bem reduzidos e a praticidade do sistema são diferenciais que chamam a atenção de empresas que já utilizam, ou sentem a necessidade de utilizar esse serviço.
Para finalizar, não poderia deixar de citar também, um serviço de rastreabilidade de produtos que está sendo, cada vez mais, usado internamente em grandes empresas que precisam ter controle de um grande volume de produtos.
É um tipo de rastreabilidade indoor, feito também através de dispositivos móveis, para monitoramento do sistema interno de produtos. Muitas empresas, inclusive, tiveram seus problemas de logística totalmente solucionados com essa implementação. Na maioria dos casos, cada produto, caixa ou pallet é codificado e devidamente monitorado. Dessa forma, o gerenciamento interno consegue ser mais preciso e eficiente, aumentando a produtividade e gerando melhores resultados.
Diretor comercial e de marketing da MC1, multinacional brasileira com foco em processos e inteligência de negócios utilizando a mobilidade como plataforma tecnológica

CNT diz que 57,3% das rodovias são regulares, ruins e péssimas

Baixo investimento público acelera a deterioração dos pavimentos

Baixo investimento público acelera a deterioração dos pavimentos


CNT/DIVULGAÇÃO/JC
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou na semana passada, os resultados da Pesquisa CNT de Rodovias 2015. Os números revelam que 57,3% das rodovias brasileiras, estão em situação regular, ruim ou péssima, com problemas de pavimentação, sinalização e de traçado. Dos 100 mil quilômetros analisados, 6,3% estão em péssimo estado, 16,1% em situação ruim e 34,9% em condição regular. Outros 42,7% tiveram classificação como ótimo ou bom.
O levantamento, que está em sua 19ª edição, ultrapassou a marca dos 100 mil quilômetros pesquisados, incluindo os 55 mil quilômetros das rodovias federais e os principais trechos de estradas estaduais. Segundo a CNT, há um total de 1,720 milhão de quilômetros de vias no Brasil, sendo apenas 12,4% pavimentados.
Quando observada apenas a situação do pavimento, o resultado mostra que 48,6% têm algum tipo de deficiência. Em relação à sinalização, os problemas aparecem em 51,4% da extensão avaliada. Sobre a geometria da via, 77,2% têm condições inadequadas de traçado.
O levantamento revela ainda que 86,5% dos trechos analisados são rodovias simples de mão dupla. Além disso, apenas 60% das malhas têm acostamento. Quanto a curvas perigosas, 42% desses trechos não possuem placas de alerta para o motorista. Quando analisadas as condições apenas das rodovias federais, 51,9% estão em condições ruins ou péssimas. "O que nos preocupa é que há trechos de estradas no Brasil que não melhoram nunca", disse Bruno Batista, diretor executivo da CNT.
No ranking das melhores estradas, a melhor ligação rodoviária do País é o trecho que liga as cidades de São Paulo e Limeira, englobando a SP-310, a BR-364 e a SP-348. As 10 melhores estradas têm em comum o fato de que são concedidas, cobram pedágio e passam pelo estado de São Paulo. O pior trecho do País é a ligação entre os municípios de Marabá e Dom Eliseu, no Pará, a BR-222.
As estimativas apontam que R$ 46,8 bilhões foram perdidos em 2014 devido a deficiências no pavimento das estradas. No ano passado, ocorreram 169.153 acidentes rodoviários, com 8.227 vítimas fatais. O custo dos acidentes foi de R$ 12,3 bilhões.
Segundo a CNT, o governo investiu R$ 9 bilhões em seus 55 mil quilômetros de rodovias federais, enquanto as concessionárias gastaram R$ 6,9 bilhões em 16,5 mil quilômetros. Na média, o poder público injetou R$ 165 mil por quilômetro de rodovia que gerencia, enquanto a média da iniciativa privada foi de R$ 422 mil.
A CNT identificou 618 projetos prioritários, que custariam
R$ 294 bilhões em investimentos. Se considerados as perdas com a precariedade das estradas e os gastos com acidentes, disse Batista, todos esses trajetos seriam atendidos no prazo de cinco anos.
A pesquisa tem o intuito de ajudar na orientação de políticas públicas, projetos privados e programas de desenvolvimento do transporte rodoviário. O diretor da CNT Vander Costa disse que a iniciativa privada é o que tem dado respostas mais efetivas de qualidade às estradas do País.

Melhores estradas brasileira são concessões

As 10 rodovias mais bem avaliadas pela Pesquisa CNT são as concedidas à iniciativa privada e estão localizadas no estado de São Paulo. Enquanto 78,3% das rodovias concedidas tiveram seu estado avaliado como "bom ou ótimo", no caso das públicas este percentual cai para 34,1%.
A constatação levou a entidade a reiterar sua defesa pela ampliação das concessões rodoviárias. "Em meio às dificuldades do governo, no sentido de aplicar recursos nas rodovias, as concessões podem ser fundamentais para promover a melhoria da infraestrutura do País", afirmou o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.
De acordo com o levantamento, a situação é explicada, pela queda nos investimentos dos governos. "Tivemos um pico de investimento do governo em 2012, com R$ 18,67 bilhões. Mas esses investimentos voltaram a cair nos anos seguintes, para cerca de R$ 12 bilhões anuais", diz Batista. "O problema é que nem todo investimento é, de fato, aplicado. Em 2014, 24,7% do investimento previsto não foi realizado."
Batista citou como exemplo a baixa aplicação dos recursos obtidos a partir do aumento da Cide, que cobra R$ 0,05 por litro de diesel e R$ 0,15 por litro de gasolina. "Dos R$ 1,4 bilhões arrecadados com essa contribuição, apenas
R$ 34,22 milhões foram pagos. Isso representa apenas 2,4% do arrecadado."
No Rio Grande do Sul, 73,6% (6.385 quilômetros) da extensão avaliada apresentam algum tipo de deficiência. Somente 26,4% (2.283 quilômetros) tiveram classificação ótimo ou bom. A pesquisa estima que são necessários R$ 6,24 bilhões de investimentos para a reconstrução, restauração e a manutenção dos trechos de rodovias gaúchas danificadas.