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Mobilidade

- Publicada em 04 de Novembro de 2015 às 22:23

Aplicativo falicita os deslocamentos de quem não tem carro

Prioridade dos desenvolvedores do sistema é ferramenta de orientação para os usuários de bicicleta

Prioridade dos desenvolvedores do sistema é ferramenta de orientação para os usuários de bicicleta


ERICK FLORIO/FUTURA PRESS/AE/JC
O aplicativo SP sem Carro lançado, no início do mês, no Instituto de Engenharia, na capital paulista, é inspirado no aplicativo de trânsito e navegação para carros Waze. Mas, em vez de facilitar a vida do motorista, a nova ferramenta é dedicada a quem não tem carro, orientando-o em seus deslocamentos pela cidade, sejam eles feitos a pé, de bicicleta, ônibus, metrô e táxi. O aplicativo, calcula o tempo do percurso, oferece opções de caminhos e estima o valor das tarifas dos serviços pagos.
O aplicativo SP sem Carro lançado, no início do mês, no Instituto de Engenharia, na capital paulista, é inspirado no aplicativo de trânsito e navegação para carros Waze. Mas, em vez de facilitar a vida do motorista, a nova ferramenta é dedicada a quem não tem carro, orientando-o em seus deslocamentos pela cidade, sejam eles feitos a pé, de bicicleta, ônibus, metrô e táxi. O aplicativo, calcula o tempo do percurso, oferece opções de caminhos e estima o valor das tarifas dos serviços pagos.
"A ideia é sempre mostrar que quem reduz ou para de usar o carro não está sozinho, tem mais gente fazendo essa opção que pode te ajudar, te sugerir coisas", afirmou o idealizador do aplicativo, Leão Serva. Segundo ele, a funcionalidade proporciona uma solução. O usuário só precisa dizer onde esta e aonde quer ir. "Ele (aplicativo) te indica o táxi, uma solução para ir de bicicleta, um bom caminho para andar a pé ou mesmo uma solução para o transporte público", acrescentou.
Serva informou que outras ferramentas estão sendo desenvolvidas e serão incorporadas no aplicativo. "A prioridade agora é essa nova ferramenta para ciclistas, que está bastante avançada, e outras interfaces com modais de automóveis: compartilhamento de carona, de carro e eventualmente compartilhamento de viagens intermunicipais", explicou.
O aplicativo não exclui inteiramente o uso do carro, de acordo com Serva. "Aprendemos que o táxi, por exemplo, tira 17 carros da rua, porque ele faz 17 viagens, em média, por dia. São 17 pessoas que estariam de carro e que pegam um táxi, então o carro compartilhado também. Ele tira, em média, entre 10 e 15 carros da rua", calculou. "A ideia não é que o carro não possa existir, a ideia é que o carro como um transporte individual é uma coisa insustentável."
Em pesquisa recente sobre mobilidade urbana, feita pela Rede Nossa São Paulo, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) e pelo Ibope, foi verificada a queda no número de usuários de carro na capital paulista: de 56% em 2014, o número caiu para 45% em 2015.
O aplicativo SP sem Carro já está disponível para os usuários desde o início do mês, quando foi lançado na Apple Store. Por enquanto, há somente versão para o sistema IOS (aparelhos da marca Apple). O idealizador, Leão Serva, afirmou que em três semanas, já haverá versão para o sistema Android.

EUA aplicam multa milionária a fabricante de airbag defeituoso

As autoridades norte-americanas anunciaram, na semana passada, uma multa recorde de US$ 200 milhões aplicada ao fabricante de airbags Takata, por ter omitido informação sobre um mecanismo defeituoso dos equipamentos vendidos.
A Administração Nacional para a Segurança nas Estradas dos Estados Unidos (NHTSA, na sigla em inglês) informou que o fabricante japonês tomou a decisão de não relatar dois incidentes ao órgão regulador, apesar de oito pessoas já terem morrido em casos de acidentes relacionados com as falhas no sistema dos airbags fabricados pela Takata.
A agência informou que este é um comportamento padrão da empresa desde 2009 em relação ao governo norte-americano e aos fabricantes de automóveis que instalaram o equipamento da Takata em seus carros.
"Durante anos, a Takata fabricou e vendeu airbags com problema e recusou-se a admitir que eram defeituosos", disse o secretário para os Transportes, Anthony Foxx. A NHTSA informou também que determinou a 12 fabricantes de automóveis que acelerem a convocação dos carros às oficinas para substituir os equipamentos da Takata.
Cerca de 19 milhões de veículos norte-americanos e outros em diferentes países do mundo estão equipados com o airbag, cujo mecanismo pode explodir sem causa aparente, projetando estilhaços em direção aos condutores e passageiros.
Em Tóquio, a Honda anunciou que vai deixar de usar os airbags da Takata, cujos produtos levaram à chamada de milhões de carros em todo o mundo às oficinas, considerando que empresa "manipulou dados" em seus dispositivos.
"Sabemos da existência de provas que sugerem que a Takata deturpou e manipulou dados sobre testes de determinados insufladores dos seus airbags, informou a Honda, em comunicado publicado pela subsidiária norte-americana.
Diante desta situação, a fábrica japonesa de veículos assegurou, em nota ditribuída à imprensa, que "nenhum modelo novo da Honda ou Acura (outra marca do fabricante), atualmente em desenvolvimento, será equipado com o dispositivo de airbags frontais da Takata, para o condutor e passageiro". A Honda explica que tomou a decisão depois da revisão de "milhões de páginas de documentos internos produzidos pela Takata" relacionados com problemas em seus produtos.

Câmara rejeita restrição a uso de carros no Centro da Capital

Projeto tinha intenção de favorecer o transporte coletivo e as bicicletas

Projeto tinha intenção de favorecer o transporte coletivo e as bicicletas


CLAUDIO FACHEL/ARQUIVO/JC
O Plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre rejeitou, em sessão na semana passada, o projeto que previa a restrição ao trânsito de veículos na região central da Capital. Por 21 votos contra sete, os vereadores rejeitaram a proposta.
Apresentada pelo vereador Marcelo Sgarbossa (PT), ela delimitava a restrição às seguintes vias: rua Caldas Júnior, rua Siqueira Campos, avenida Júlio de Castilhos, rua Dr. Flores, avenida Salgado Filho, rua Andrade Neves, rua General Câmara e rua dos Andradas.
Segundo o projeto, o controle seria por meio da instalação de pinos nas ruas e por câmaras de vídeo. As quatro emendas apresentadas ao projeto de Sgarbossa, também foram rejeitadas.
Conforme o projeto, carros e motos pertencentes a moradores residentes na área de restrição, além de ônibus, lotações, transporte escolar, táxis, viaturas de Polícia, Bombeiros, guinchos e serviços de correios ficariam fora da restrição.
O projeto estabelecia também que a prefeitura efetuaria o cadastro e emitiria selo de identificação para veículos de moradores da área de restrição, garantindo-lhes o acesso às suas residências. "Nas mais diversas cidades, está em franca expansão um movimento inclinado a restringir o espaço e a circulação de veículos automotores nos centros históricos e comerciais", argumentou o vereador.
Para ele, o objetivo "é garantir melhores condições de deslocamento e acesso tanto a pé ou de bicicleta, quanto por transporte coletivo." Outro argumento foi a mudança dos padrões de deslocamento, "por meio do transporte coletivo ou não motorizados, como bicicletas, o que é crucial para a construção de centros urbanos com padrões de qualidade de vida mais elevados", sustentou Sgarbossa.