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- Publicada em 23 de Novembro de 2015 às 16:36

Passando o ano a limpo

 Bruno Eizerik, presidente do Sindicato do Ensino Privado do RS (SINEPE-RS) - divulgação Sinepe RS

Bruno Eizerik, presidente do Sindicato do Ensino Privado do RS (SINEPE-RS) - divulgação Sinepe RS


SINEPE RS/DIVULGAÇÃO/JC
Frase destaque
Frase destaque
"Após a redução de oferta de vagas no Fies e imposição de novas regras pelo governo, o que dificultou a adesão das instituições e dos estudantes, cerca de 80 mil alunos, somente aqui no Estado, tiveram de buscar novas alternativas de financiamento"
O ensino privado gaúcho viveu momentos turbulentos em 2015. O ano começou com cortes do governo nas verbas do Fies e do Pronatec, que surpreendeu não só os estudantes, mas as instituições privadas, que se estruturaram de acordo com a expectativa desses financiamentos. Após a redução de oferta de vagas no Fies e imposição de novas regras pelo governo, o que dificultou a adesão das instituições e dos estudantes, cerca de 80 mil alunos, somente aqui no Estado, tiveram de buscar novas alternativas de financiamento. Em relação ao Pronatec, apenas 33 instituições das 111 que apresentaram propostas para o governo foram aprovadas. O número representa somente 29,73% do total de pedidos para abertura de cursos técnicos.
Ainda em relação ao Fies, no segundo semestre ajustamos nosso trabalho aos novos moldes propostos, e fomos mais uma vez surpreendidos: no final de outubro, as instituições de ensino superior gaúchas receberam somente 80% do valor devido pelo governo federal via recompra de títulos. Isso significa um calote de mais de R$ 80 milhões, o que resulta em dificuldades financeiras nas faculdades, e incerteza a respeito da oferta do Fies no próximo ano.
Nas escolas, o desafio não foi econômico, mas sim pedagógico: aplicar a partir do próximo ano as determinações do Conselho Estadual de Educação (CEEd/RS) que vão de encontro à liberdade de ensinar, como o fato de que não se pode mais reprovar até o terceiro ano do Ensino Fundamental. Lembrando que, antes da nova regra, ficava a cargo das mantenedoras, sempre com o auxílio do setor pedagógico e da família, definir se haveria a reprovação antes do 3º ano. Mas a regra mudou, tirando a autonomia das instituições privadas – prevista por lei – de decidir como deveriam proceder. Não somos a favor da reprovação, mas entendemos que ela é necessária, sob o ponto de vista pedagógico, quando o aluno não tem condições de avançar por dificuldade de aprendizagem.
Em meio a esse cenário de incertezas que vivem as instituições de ensino, somado à crise econômica que pode levar à migração de alunos da rede privada para a pública, como já tem ocorrido em outros estados, o Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) está completando 67 anos, dia 03 de dezembro. Queremos marcar a data com comemorações pelo trabalho de qualidade realizado pelo ensino privado gaúcho e também reiterar nossa missão de preservar a autonomia da educação particular.
Ainda com adversidades, as instituições de ensino particulares investem, se reinventam, inovam. E temos a oportunidade de conhecer e de compartilhar esses avanços nos Prêmios do Sinepe/RS, nos quais são destacados projetos de sucesso nas áreas de comunicação, responsabilidade Social e inovação na educação. São iniciativas que orgulham a comunidade escolar, mostrando tudo que pode ser feito pelo ensino privado e em prol da qualidade da educação.
Esperamos, sempre, que o futuro nos reserve melhor cenário, de mais atenção do governo à educação, mais consideração (e menos cortes de verbas) àqueles que precisam de apoio para estudar e crescer, e mais respeito à autonomia das escolas e à livre iniciativa, que contribuem, e muito, para que sejamos a divulgada “pátria educadora”.
Desejamos que as escolas, em 2016, contornem os obstáculos e façam a sua própria história, driblem as surpresas, e continuem construindo, crescendo, inovando e surpreendendo. Parabéns ao Sinepe/RS e ao ensino privado gaúcho.
Presidente do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS)
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