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Internacional

- Publicada em 23 de Novembro de 2015 às 22:08

Macri defenderá sanções do Mercosul contra a Venezuela

Cláusula será invocada 'pela perseguição aos opositores' de Maduro

Cláusula será invocada 'pela perseguição aos opositores' de Maduro


JUAN MABROMATA/AFP/JC
O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, afirmou ontem que solicitará no Mercosul a aplicação da cláusula democrática do bloco contra a Venezuela. Após vencer o segundo turno da disputa eleitoral no domingo, Macri concedeu entrevista coletiva para delinear alguns dos pontos de seu novo governo.
O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, afirmou ontem que solicitará no Mercosul a aplicação da cláusula democrática do bloco contra a Venezuela. Após vencer o segundo turno da disputa eleitoral no domingo, Macri concedeu entrevista coletiva para delinear alguns dos pontos de seu novo governo.
De acordo com o jornal Clarín, o novo presidente reiterou uma promessa de campanha e disse que pedirá ao Mercosul a aplicação da cláusula democrática do bloco em relação à Venezuela. Com isso, Caracas poderia ser alvo de sanções ou mesmo da suspensão, por supostas violações aos princípios democráticos. “Vamos fazer como dissemos na campanha. Vamos invocar a cláusula democrática contra a Venezuela pelos abusos e pela perseguição aos opositores”, afirmou Macri. O próprio jornal argentino lembra que o governo do Brasil resiste à aplicação dessa cláusula com relação à Venezuela.
Segundo o La Nación, o presidente eleito “condenou a perseguição aos opositores do presidente Nicolás Maduro e os ataques à liberdade de expressão”. Além disso, o jornal informa que Macri defendeu que o Mercosul avance para lançar convênios com a União Europeia e para convergir para uma aliança com o Pacífico.
Ainda na entrevista, o presidente eleito informou que nomeará um gabinete econômico com seis integrantes e não apenas um ministro. Ele disse que é necessária uma força-tarefa para a área, com o objetivo de "tomar pé da situação". "Precisamos saber qual é o real estado das contas públicas."
Macri voltou a dizer que espera pela renúncia do atual presidente do Banco Central, Alejandro Vanoli, e também da procuradora-geral Alejandra Gils Garbó. "Espero que tenham a generosidade de abrir caminho ao novo governo. Eles já se declararam militantes antes dos aspectos técnicos, assim que deveriam ter esse gesto", disse.
Candidato da coligação de centro-direita Mudemos, Macri foi eleito com 51,4% dos votos, contra 48,60% do governista Daniel Scioli. Ainda na noite de domingo, o futuro mandatário argentino e atual prefeito de Buenos Aires deu o seu primeiro discurso depois de eleito. "Vamos realizar uma mudança que é para o futuro, para uma nova época. Essa mudança vai pedir toda a nossa energia, para construir a Argentina que sonhamos, com pobreza zero."
Macri aproveitou a oportunidade para dar uma mensagem "aos irmãos da América Latina", dizendo que "quer trabalhar com todos, e encontrar uma agenda de cooperação".
O discurso de Macri ocorreu cerca de meia hora depois que Daniel Scioli reconheceu sua derrota. Em discurso, ele afirmou ter ligado para o adversário vencedor para parabenizar o novo presidente argentino e desejou-lhe sorte em seus quatro anos na Casa Rosada.
"Optou-se pela alternância. Optou-se pela mudança. Que Deus ilumine o engenheiro Macri para que esta mudança seja superadora e importante para este país", disse o candidato governista. O novo presidente assume no dia 10 de dezembro, colocando fim à chamada era Kirchner, iniciada em 2003, com Néstor Kirchner, e continuada por Cristina em 2007.
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