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Internacional

- Publicada em 26 de Outubro de 2015 às 15:47

Eleição terá segundo turno histórico

Desempenho do prefeito de Buenos Aires mudou panorama eleitoral

Desempenho do prefeito de Buenos Aires mudou panorama eleitoral


EITAN ABRAMOVICH/AFP/JC
Um resultado surpreendente nas eleições de domingo levará a Argentina a um inédito segundo turno em 22 de novembro, entre o governista Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires, e o candidato opositor Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires. Com 97,13% das seções eleitorais apuradas ontem, Scioli aparecia com 36,86%, ante 34,33% de Macri. O desempenho do opositor foi recebido com surpresa, já que ele mantinha uma desvantagem de quase 10 pontos percentuais em relação a Scioli nas pesquisas.
Um resultado surpreendente nas eleições de domingo levará a Argentina a um inédito segundo turno em 22 de novembro, entre o governista Daniel Scioli, governador da província de Buenos Aires, e o candidato opositor Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires. Com 97,13% das seções eleitorais apuradas ontem, Scioli aparecia com 36,86%, ante 34,33% de Macri. O desempenho do opositor foi recebido com surpresa, já que ele mantinha uma desvantagem de quase 10 pontos percentuais em relação a Scioli nas pesquisas.
Os discursos no domingo já indicavam segundo turno. A coalizão governista Frente para a Vitória insistia na versão de que ganharia "com ampla maioria" até as 23h de Brasília, quando o próprio Scioli subiu ao palco do Luna Park para "convocar a todos a nos acompanharem até o fim". Em sua fala, lembrou o que considera avanços do kirchnerismo, a política de direitos humanos, a estatização da YPF (estatal do petróleo) e da Aerolíneas Argentinas e a priorização dos interesses dos trabalhadores.
Scioli pediu cautela aos que querem "mudança" e apoio dos eleitores de Sergio Massa (UNA) e de outros opositores. Em entrevista, com a presença de militantes e apoiadores que aplaudiam cada uma de suas frases, falou no início da tarde de ontem em um hotel no Centro de Buenos Aires.
"A palavra 'mudança' pode parecer sedutora, mas temos de debater que tipo de mudança essa direita está querendo. Precisamos cuidar das coisas que conquistamos, cuidar do trabalho e da indústria e da soberania energética."
Para ele, o que vem acontecendo na Argentina já ocorreu recentemente no Brasil e no Uruguai. "Nesses países, os governos nacionais-populares enfrentaram, nas últimas eleições, uma reclamação da direita. É preciso refletir e discutir essa reclamação", afirmou.
Com relação aos eleitores do terceiro colocado, Sergio Massa, que chegam a 5 milhões, Scioli disse que sua candidatura é a que mais se aproxima de seus interesses. "Compartilhamos vários objetivos, o compromisso com os aposentados, com os ganhos dos trabalhadores", disse.
Já Macri, falando desde o "bunker" do Mudemos, fez um longo discurso de agradecimento e pediu o voto dos que preferiram seus rivais, "inclusive os que votaram em Scioli, pois espero que se convençam de que nossa proposta é a melhor". "Tenho muita vontade de agradecer, porque o que aconteceu nesta eleição mudou a política do país", falou, emocionado.
Um dado importante para explicar o bom resultado de Macri foi a vitória de sua candidata María Eugenia Vidal para o governo da província de Buenos Aires, distrito eleitoral mais importante do país, por 39,49% contra 35,18% do peronista e chefe de gabinete do governo nacional, Aníbal Fernández, com 96,7% das mesas apuradas.
O segundo turno presidencial será inédito na história recente da Argentina. Em 2003, Néstor Kirchner e Carlos Menem chegaram à reta final, mas Menem desistiu e Kirchner se tornou presidente com apenas 22% dos votos.
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