Fazer exames periódicos após os 40 anos pode prevenir AVC

Na quinta-feira, celebrou-se o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido como derrame, que provoca paralisia na região cerebral. A chefe do serviço médico de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, Sheila Martins, explica que a melhor forma de prevenir a doença é manter os exames periódicos em dia.

"Controlar níveis de pressão, colesterol e arritmia cardíaca e hábitos saudáveis, como prática de exercícios físicos e ingestão de alimentos com pouca gordura, sal e açúcar e predominância de verduras, legumes e frutas, ajudam na prevenção", comenta Sheila. Fumo, sedentarismo e obesidade são fatores de risco.

Embora a doença seja mais comum em pessoas com mais de 60 anos, recomenda-se que o controle comece a partir dos 40. "Pode ocorrer até em crianças, embora seja bastante raro", diz a médica. Quanto mais rápido for o tratamento depois de percebidos os sintomas (dormência no corpo, dificuldade na fala, visão ou equilíbrio ou dor de cabeça extrema, por exemplo), maiores são as chances de cura sem sequelas. Quando o paciente sobrevive ao AVC, terá de seguir com os cuidados pelo resto da vida.

"Os que já tiveram a doença têm ainda mais chance de que o derrame se repita", alerta Sheila. Por isso, tratamentos com anticoagulantes e controladores são utilizados de acordo com o tipo de AVC, que pode ser isquêmico (quando os vasos condutores de sangue ao cérebro entopem) ou hemorrágico (quando esses vasos se rompem, provocando sangramento no cérebro).

De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão e Derrame Cerebral, o AVC é a enfermidade que mais mata no Brasil. Em âmbito mundial, a doença atinge 17 milhões de pessoas anualmente, causando a morte de pelo menos 7 milhões.