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Mobilidade urbana

- Publicada em 19 de Outubro de 2015 às 22:25

Norte de Porto Alegre terá transporte hidroviário

Allet destaca que é necessário pensar na qualificação dos entornos

Allet destaca que é necessário pensar na qualificação dos entornos


GILMAR LUÍS/JC
Apesar de ainda não haver previsão de concretização, a orla da zona Norte de Porto Alegre terá transporte hidroviário - é o que consta no Plano Hidroviário do Rio Grande do Sul. Uma reunião pública foi realizada ontem no DC Shopping para apresentar à população os planos de implantação de uma estação hidroviária naquela área. O projeto Hidrovias Municipais/POA prevê 12 estações ao longo dos 75 quilômetros da orla da Capital, sendo cinco na zona Sul, quatro no Centro e três na zona Norte.
Apesar de ainda não haver previsão de concretização, a orla da zona Norte de Porto Alegre terá transporte hidroviário - é o que consta no Plano Hidroviário do Rio Grande do Sul. Uma reunião pública foi realizada ontem no DC Shopping para apresentar à população os planos de implantação de uma estação hidroviária naquela área. O projeto Hidrovias Municipais/POA prevê 12 estações ao longo dos 75 quilômetros da orla da Capital, sendo cinco na zona Sul, quatro no Centro e três na zona Norte.
Segundo o arquiteto da Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb) Marcelo Allet, responsável pelo projeto, as cidades menores da Região Metropolitana já encontraram terrenos adequados para a instalação das estações. Em Porto Alegre, contudo, há necessidade de mais atenção ao definir a localização do ponto. "Precisamos pensar na escolha do local, no próprio projeto de adequação do transporte coletivo marítimo e, ainda, na qualificação dos entornos. Estamos muito no início, pois o próprio plano hidroviário está em fase final de elaboração. Este foi o primeiro contato com a população da zona Norte", revela.
A implantação de estações na orla Norte faz parte do projeto de qualificação do Quarto Distrito de Porto Alegre, a área industrial, formada pelos bairros Floresta, Navegantes, Humaitá, Farrapos e São Geraldo. "Esse primeiro encontro foi para apresentar o Plano Hidroviário, o programa completo e o projeto para os entornos. Teremos mais duas reuniões com essa população, no dia 26 de outubro, quando será feita a apresentação de cenários alternativos e a coleta da opinião dos moradores, e no dia 4 de novembro, quando ocorrerá uma avaliação final e a validação dos resultados", relata Allet.
Depois do diálogo com a comunidade, a equipe responsável, formada por Allet e outros três profissionais da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), realizará um estudo preliminar de arquitetura, para definir qual o melhor projeto hidroviário, e criará o projeto de qualificação do entorno. "Não temos como determinar quanto tempo demorará para que a implantação vire realidade, pois depende de questões econômicas, institucionais e políticas. É um processo que estamos começando e vamos afinando aos poucos", pondera o arquiteto. A qualificação dos arredores incluirá melhorias na paisagem urbanística e mais serviços para a população local.
Conforme o gerente de Projetos Especiais da EPTC, Antônio Vigna, com exceção da região central, que já possui demanda imediata pelo transporte hidroviário, as outras áreas foram colocadas no projeto devido ao potencial de demanda em médio e longo prazo. "Temos o complexo na Arena do Grêmio, por exemplo, causando o crescimento de empregos na região. Na orla Sul, há muitos projetos de moradia próximos. Atualmente, não há demanda reprimida, mas buscamos visualizar as tendências de aumento de procura por transporte coletivo nesses pontos", explica.

Licitação de catamarã entre Centro e ilhas sai em novembro

Mesmo fazendo parte da equipe responsável pelo projeto da orla Norte, os profissionais da EPTC estão focados, agora, em uma demanda mais urgente, de transporte coletivo marítimo entre o Centro e o bairro Arquipélago. "Temos 5 mil viagens de ônibus diárias nesse trajeto e sabemos que uma parcela disso podemos passar para o catamarã. O ganho é muito grande, pois uma viagem que costuma durar 50 minutos será reduzida para 15", destaca Vigna.
Atualmente, o desafio está sendo o de definir critérios para constituir uma tarifa atraente, para que possa competir com o preço da passagem de ônibus. "Temos um compromisso com o prefeito de terminar o termo de referência para o lançamento da licitação ainda em 2015, para podermos operar já no ano que vem. Pretendemos publicar o edital nos próximos 30 dias", estima o gerente da EPTC.