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Economia
- Publicada em 29 de Outubro de 2015 às 20:31Inflação afeta negociações salariais
No quadro atual, a inflação mais alta (beirando a 10%) pode ser o elemento mais agravante. O efeito é sentido diretamente nas mesas de negociação entre sindicatos de trabalhadores e patronais para acertar reajustes. Virginia Donos, economista do Dieese, lembrou que os acordos em setores como metalmecânico conseguem repor, no máximo, o índice de preços e ainda a ser incorporado nos salários em suaves prestações. "Quem consegue repor a inflação sai ganhando. E ainda recebe uma parte do índice, e mais à frente a outra", descreveu.
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No quadro atual, a inflação mais alta (beirando a 10%) pode ser o elemento mais agravante. O efeito é sentido diretamente nas mesas de negociação entre sindicatos de trabalhadores e patronais para acertar reajustes. Virginia Donos, economista do Dieese, lembrou que os acordos em setores como metalmecânico conseguem repor, no máximo, o índice de preços e ainda a ser incorporado nos salários em suaves prestações. "Quem consegue repor a inflação sai ganhando. E ainda recebe uma parte do índice, e mais à frente a outra", descreveu.
A taxa de desemprego em setembro, de quase o dobro em pontos percentuais frente a janeiro (de 5,8%), demarca a deterioração das condições gerais do mercado de trabalho. Iracema Castelo Branco, da FEE, acredita que a maior aceleração da taxa pode ter se dissipado, pois houve uma leve queda da PEA, de 0,8%. "Isso dá uma freada."
O desemprego cresceu pela menor abertura de vagas. A ocupação caiu 1,2%, revertendo os quatro meses anteriores de certa estabilidade. A situação em setembro se aproximou de 2014, cujas taxas de oferta de vagas ficaram negativas nos 12 meses. Entre as sete regiões medidas pela PED, a gaúcha teve a segunda menor taxa de desemprego, atrás de Fortaleza, com 8,9%, mas todas as áreas tiveram alta.
