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Economia

- Publicada em 22 de Outubro de 2015 às 19:39

Desemprego estabiliza em setembro

Ritmo de geração de postos de trabalho está bem menor neste ano

Ritmo de geração de postos de trabalho está bem menor neste ano


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A taxa de desemprego brasileira ficou, pelo segundo mês seguido, em 7,6% em setembro, informou o IBGE nesta quinta-feira, estável em relação a agosto. No entanto, para meses de setembro, é o pior resultado desde 2009. O dado faz parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que engloba seis regiões metropolitanas do País (Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Salvador). Analistas previam alta da taxa de setembro para algo entre 7,8% e 8,1%.
A taxa de desemprego brasileira ficou, pelo segundo mês seguido, em 7,6% em setembro, informou o IBGE nesta quinta-feira, estável em relação a agosto. No entanto, para meses de setembro, é o pior resultado desde 2009. O dado faz parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que engloba seis regiões metropolitanas do País (Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Salvador). Analistas previam alta da taxa de setembro para algo entre 7,8% e 8,1%.
A população desocupada foi estimada em 1,9 milhão de pessoas e não apresentou variação frente a agosto, mas cresceu 56,6% em relação a setembro de 2014, representando mais 670 mil pessoas em busca de trabalho. Adriana Araújo Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Renda do IBGE, ressalta que, há três meses, são registradas taxas idênticas de desemprego. No entanto, na comparação com setembro de 2014, quando a taxa foi de 4,9%, houve variação de 2,7 ponto percentual.
Isso ocorre, explica, em razão do crescimento da população desocupada ao mesmo tempo em que houve retração da população ocupada. "Temos uma população desocupada que aumenta e uma ocupação que cai. Ou seja, temos mais pessoas procurando trabalhando, pressionando o mercado, e não está tendo geração de postos de trabalho, que, na comparação anual, está caindo."
Já a população ocupada foi estimada em 22,7 milhões para o conjunto das seis regiões, também estável na comparação mensal, mas com retração de 1,8% (menos 420 mil pessoas) frente a setembro de 2014. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,3 milhões) não variou na comparação mensal e, frente a setembro do ano passado, caiu 3,5% (menos 409 mil pessoas).
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.179,80, ficando 0,8% menor que o verificado em agosto (R$ 2.196,54) e 4,3% abaixo do apurado em setembro de 2014 (R$ 2.278,58). A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 50,1 bilhões em setembro de 2015 e ficou 0,6% menor que a estimada em agosto. Na comparação anual, esta estimativa recuou 6,1%.
"Diferentemente dos anos anteriores, mais pessoas estão procurando trabalho, o que pode estar associado à redução da renda dos ocupados, pois percebemos essa trajetória de queda do rendimento real, e a mais setores estarem dispensando trabalhadores. E não necessariamente só aquele que perdeu o emprego está procurando. A perda de emprego por um membro do domicílio diminui a renda familiar, e pessoas que não estavam procurando passam a exercer essa pressão no mercado para recompor essa renda", analisa Adriana.
Também o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficou estável frente a agosto em todas as regiões. Frente a setembro do ano passado, Belo Horizonte (-5,6%) e São Paulo (-3,5%) apresentaram queda.
O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado, em setembro de 2015, em 51,7% para o total das seis regiões, não variando significativamente frente a agosto. No confronto com setembro do ano passado, houve redução de 1,5 ponto percentual. Regionalmente, na comparação mensal, foi registrada queda em Belo Horizonte (0,9 ponto percentual) e estabilidade nas demais regiões. Frente a setembro do ano anterior, houve retração em quatro regiões: Salvador (-3,1 pontos percentuais); Belo Horizonte (2,1 pontos percentuais); São Paulo (-1,7 ponto percentual) e Porto Alegre (-1,3 ponto percentual). Em Recife e no Rio de Janeiro, o nível da ocupação não registrou variação estatisticamente significativa.
Em relatório, Octavio de Barros, diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, afirma que mantém a expectativa de que o mercado de trabalho continuará sua trajetória de enfraquecimento no quarto trimestre. "Esperamos que a desocupação atinja 8,4% da PEA no fim de 2015." Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, levantamento mais abrangente do IBGE, com informações de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal, também mostram deterioração no mercado de trabalho.
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