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Economia

- Publicada em 13 de Outubro de 2015 às 18:23

Grupo AB InBev e SABMiller anunciam fusão

Nova multinacional venderá uma em cada três cervejas do mundo

Nova multinacional venderá uma em cada três cervejas do mundo


JUSTIN TALLIS/AFP/JC
A anglo-sul-africana SABMiller e a Anheuser-Busch InBev, de capital belga e brasileiro, anunciaram ontem a terceira maior fusão empresarial da história. A SABMiller, número dois do mundo no setor de cervejas, aceitou a última oferta de compra da líder do setor, AB InBev, por 69 bilhões de libras (US$ 104 bilhões, sem incluir dívidas). A maior cervejaria do mundo pagará 44 libras (US$ 68) por ação a sua rival, segunda no ranking.
A anglo-sul-africana SABMiller e a Anheuser-Busch InBev, de capital belga e brasileiro, anunciaram ontem a terceira maior fusão empresarial da história. A SABMiller, número dois do mundo no setor de cervejas, aceitou a última oferta de compra da líder do setor, AB InBev, por 69 bilhões de libras (US$ 104 bilhões, sem incluir dívidas). A maior cervejaria do mundo pagará 44 libras (US$ 68) por ação a sua rival, segunda no ranking.
Se a transação for concretizada, marcas como a norte-americana Budweiser e a belga Stella Artois, pertencentes à AB InBev, assim como a italiana Peroni, a tcheca Pilsner Urquell e a holandesa Grolsch, da SABMiller, estrarão sob o mesmo comando. Além disso, esta será a terceira maior fusão-aquisição da história, segundo o instituto de análises Dealogic, atrás apenas das operações Vodafone e Mannesmann em 1999 e da Verizon Communications com a Verizon Wireless em 2013.
A empresa criada com a operação venderá uma em cada três cervejas no mundo, da mexicana Corona (exceto nos EUA) à australiana Foster, passando pela chinesa Snow - a marca mais vendida no mundo -, mas antes terá que receber a autorização das agências reguladoras. Com esta compra bilionária, a AB InBev abre caminho na África, particularmente na África do Sul, onde a SABMiller nasceu há 120 anos.
Se ao valor da compra for adicionado à dívida do grupo, a SABMiller fica avaliada em quase 80 bilhões de libras (US$ 122 bilhões). O preço de compra representa uma valorização de 50% na comparação com a cotação do título em 14 de setembro, antes dos boatos sobre uma Oferta Pública de Aquisição que elevaram o preço. As partes concordaram que a AB InBev deverá pagar uma taxa de rompimento de US$ 3 bilhões à SABMiller caso a transação fracasse devido a significativas questões regulatórias ou por falta de apoio dos acionistas da AB InBev.
Analistas da Exane BNP Paribas estimam que a nova gigante ocupará a primeira ou segunda posição no ranking de 24 dos 30 maiores mercados de cerveja do mundo. Há alguns anos, a união entre as duas empresas vinha sendo considerada como uma probabilidade. Um dos interesses da AB InBev na SABMiller é sua participação em mercados emergentes na América Latina e na África.
A operação foi anunciada após uma disputa na qual a
SABMiller recusou várias ofertas informais por considerá-las baixas, e apenas um dia antes do fim do prazo para uma oferta firme que, em caso de rejeição, teria obrigado a AB Inbev a interromper as investidas por pelo menos seis meses. As ofertas provocaram divisão na SABMiller e a maior acionista da empresa, a companhia americana de tabaco Altria (proprietária da Marlboro), pressionava a favor da operação.
Ao mesmo tempo, a família colombiana Santo Domingo, proprietária de 14% das ações da SABMiller e representada por Alejandro Santo Domingo, era contrária à oferta. Os Santo Domingo são proprietários da marca de cerveja colombiana Bavaria e, em meados dos anos 1990, receberam uma oferta de compra da brasileira Brahma, que não prosperou na ocasião. O proprietário da Brahma era Jorge Paulo Lemann, que agora é o principal acionista da AB Inbev com o fundo de investimentos 3G. A fusão anunciada ontem reúne finalmente duas das famílias mais poderosas da América Latina.
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