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Economia

- Publicada em 12 de Outubro de 2015 às 19:49

Angus Deaton vence o Nobel de Economia

Deaton avaliou o progresso humano no livro A Grande Fuga, de 2013

Deaton avaliou o progresso humano no livro A Grande Fuga, de 2013


JEWEL SAMAD
O economista escocês Angus Deaton venceu o Prêmio Nobel de Economia de 2015, divulgado ontem. A Academia Real das Ciências da Suécia reconheceu o especialista pelo seu trabalho sobre consumo e relações sociais. Dentre outras questões, Deaton tem tratado sobre como consumidores distribuem a renda entre diferentes bens e serviços, o quanto as pessoas gastam e quanto salvam para o futuro. Ele também se dedicou a desenvolver métodos para medir a pobreza e o bem-estar.
O economista escocês Angus Deaton venceu o Prêmio Nobel de Economia de 2015, divulgado ontem. A Academia Real das Ciências da Suécia reconheceu o especialista pelo seu trabalho sobre consumo e relações sociais. Dentre outras questões, Deaton tem tratado sobre como consumidores distribuem a renda entre diferentes bens e serviços, o quanto as pessoas gastam e quanto salvam para o futuro. Ele também se dedicou a desenvolver métodos para medir a pobreza e o bem-estar.
Em conferência com jornalistas em Estocolmo, Deaton disse que estava encantado em ter recebido o prêmio. "Eu sabia que era uma possibilidade, mas todos os anos as chances são tão pequenas", notou. O economista também se descreveu como uma "pessoa que está preocupada com os pobres do mundo, com o modo pelo qual as pessoas se comportam e com o que lhes dá uma vida boa".
Deaton tem 69 anos de idade e trabalha na Universidade de Princeton (EUA). Como prêmio, o acadêmico deve receber uma recompensa financeira estimada em
US$ 1 milhão. "Ao ligar escolhas individuais detalhadas e seus resultados agregados, sua pesquisa ajudou a transformas os campos da microeconomia, macroeconomia e da economia do desenvolvimento", informou a instituição sueca. O vencedor do ano passado foi o economista francês Jean Tirole.
O economista escocês promoveu uma avaliação positiva do progresso humano durante os últimos 250 anos em seu livro A Grande Fuga, publicado em 2013. "A vida está melhor agora do que em qualquer outro período da história", escreveu Deaton. "Mais pessoas estão mais ricas e poucas vivem em pobreza extrema. As vidas estão mais longas e pais não assistem rotineiramente à morte de um quarto de seus filhos", acrescenta. Na obra, Deaton se dispõe a explicar porque o mundo é hoje um lugar melhor, com avanços substanciais na riqueza, saúde e longevidade, mas também porque há amplas desigualdades entre nações.
O acadêmico também concluiu que iniciativas de ajuda internacional têm pouco a ver com o progresso e sugeriu que livre comércio e novos incentivos para as empresas farmacêuticas podem ter uma maior contribuição no futuro. Os ataques aos esforços supranacionais de auxílio foram criticados por Bill Gates, que também atua no terceiro setor.
Como parte de seu trabalho acadêmico no início dos anos 1980, em Edimburgo, Deaton desenvolveu novos métodos para estimar como a demanda por determinado bem depende do preço de todos os bens e da renda individual. Essa abordagem se tornou padrão na academia e tem sido utilizada para o desenvolvimento de políticas públicas. Ao conceder o prêmio, a Academia Real das Ciências da Suécia destacou o uso efetivo de pesquisas domiciliares para lançar a luz sobre a relação entre renda e questões como o consumo de calorias e a discriminação de gênero na família.
 
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