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Economia

- Publicada em 01 de Outubro de 2015 às 18:25

Fluxo de capitais para os países emergentes pode ficar negativo

Resultado negativo deve ultrapassar a marca de US$ 500 bilhões

Resultado negativo deve ultrapassar a marca de US$ 500 bilhões


MARK WILSON/AFP/JC
Em meio ao fraco crescimento econômico em muitos países emergentes e à previsão de elevação nas taxas de juros nos Estados Unidos, o fluxo de capitais para esses mercados pode ficar negativo este ano pela primeira vez desde 1988, anunciou, nesta quinta-feira, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês). A saída de dinheiro superaria a entrada em mais de US$ 500 bilhões.
Em meio ao fraco crescimento econômico em muitos países emergentes e à previsão de elevação nas taxas de juros nos Estados Unidos, o fluxo de capitais para esses mercados pode ficar negativo este ano pela primeira vez desde 1988, anunciou, nesta quinta-feira, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês). A saída de dinheiro superaria a entrada em mais de US$ 500 bilhões.
O documento prevê uma entrada de capitais total de US$ 548 bilhões este ano frente a US$ 1,074 trilhão no ano passado. Esse montante é equivalente a apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países em desenvolvimento e fica abaixo dos quase 8% registrados em 2007.
Segundo o IIF, enquanto a entrada de capitais em mercados emergentes registra diminuição, a saída de dinheiro de cidadãos locais cresce e deve chegar a US$ 1,089 trilhão este ano. Isso eleva a pressão de baixa nas reservas em moeda estrangeira, assim como sobre as taxas de câmbio e os preços de ativos nesses países. Assim, o fluxo de capitais ficaria negativo este ano em US$ 540 bilhões, recuperando-se de forma modesta no ano que vem, com um resultado de US$ 306 bilhões, segundo cálculos do IIF.
O instituto considera que, diferentemente do que aconteceu na crise de 2008, a retirada de dinheiro dos mercados emergentes deve-se principalmente a fatores internos, refletindo uma desaceleração sustentada no crescimento dos mercados emergentes, o que foi piorado com as incertezas em relação à economia da China e suas políticas. A previsão de novas desvalorizações do yuan chinês é outra fonte de risco.
O relatório do IIF se baseia em dados de 30 economias emergentes. O Brasil, juntamente com a Turquia, é citado como um dos mais ameaçados por esse cenário, por acumular déficits em conta-corrente, passivos em moeda estrangeira e incertezas políticas.
O IIF também observou que a desvalorização da moeda em vários países, como Brasil, Ucrânia e Colômbia, já ultrapassou o limiar de 25%, usado para identificar uma crise externa. E isso eleva as preocupações em relação às empresas que tomaram dinheiro emprestado no exterior devido às baixas taxas de juros que passaram a vigorar a partir de 2008 e 2009 em consequência da crise global.
A dívida corporativa não financeira dos países emergentes está em US$ 27 trilhões, tendo subido o equivalente a 30% do PIB nos últimos cinco anos, segundo Hung Tran, diretor executivo do IIF. No entanto, Tran prevê que a desaceleração do crescimento prolongado é um cenário mais provável do que um colapso súbito porque os balanços dos países estão relativamente mais fortes hoje do que em crises anteriores.
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