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Economia

- Publicada em 01 de Outubro de 2015 às 21:56

Campanha quer interromper recuo das vendas

Dirigentes de entidades do varejo e dos serviços da Capital apresentaram os principais pontos da iniciativa

Dirigentes de entidades do varejo e dos serviços da Capital apresentaram os principais pontos da iniciativa


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Adriana Lampert
O medo da população de sair de casa tem retraído o consumo e, se não for revertido, deve gerar desemprego e queda na arrecadação estadual, alertaram dirigentes de entidades representativas do comércio e dos serviços, em coletiva à imprensa ocorrida na sede da CDL Porto Alegre na manhã desta quinta-feira. Na ocasião, o grupo formado por Fecomércio-RS, Federasul, CDL-POA, Sindilojas, Associação Gaúcha do Varejo (AGV) e Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) lançou a campanha #ReageRS, com o tema Não dê voz ao medo. A ação conta com o apoio da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert).
O medo da população de sair de casa tem retraído o consumo e, se não for revertido, deve gerar desemprego e queda na arrecadação estadual, alertaram dirigentes de entidades representativas do comércio e dos serviços, em coletiva à imprensa ocorrida na sede da CDL Porto Alegre na manhã desta quinta-feira. Na ocasião, o grupo formado por Fecomércio-RS, Federasul, CDL-POA, Sindilojas, Associação Gaúcha do Varejo (AGV) e Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha) lançou a campanha #ReageRS, com o tema Não dê voz ao medo. A ação conta com o apoio da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert).
De acordo com levantamento da CDL POA, em setembro, a intenção de consumo das famílias gaúchas caiu 42,14%, enquanto as vendas do varejo despencaram 8,69%. "A retração começou com o parcelamento de salários e a greve dos servidores da segurança, somado aos boatos de assaltos e arrastões que nunca existiram", disparou o presidente da entidade, Gustavo Schifino, admitindo que os índices da pesquisa foram determinantes para as entidades unirem forças para lançar a campanha.
Segundo os dirigentes, a mobilização para coibir o medo das pessoas saírem para as ruas é urgente, e terá duas fases: a primeira se inicia no dia 5 de outubro, com foco em apenas aplacar a "percepção de insegurança que está muito maior que a realidade". Em um segundo momento, no mês de novembro, o foco será mais positivo, voltado para as ações do varejo para o período de Natal, e a fim de efetivamente recuperar as vendas, explica o presidente da CDL-POA. Para Schifino, se as pessoas voltarem a circular pelas ruas e "consumirem com parcimônia" é uma forma de garantir inclusive o próprio emprego. "Esse é um sistema que se retroalimenta. Não dá para ser recessivo, porque aí a tendência é piorar", argumenta, se referindo à crise econômica que o Estado enfrenta.
O grupo esteve reunido com o governo estadual, solicitando o incremento de efetivo da Brigada Militar, para que haja policiamento ostensivo na cidade. Entre as demandas entregues à Secretaria de Segurança, as entidades do comércio propuseram aumentar - através de horas extras - uma participação maior da BM; e, em médio prazo, "mover de dentro dos quartéis aqueles policiais que estão atuando em áreas administrativas para atuarem na linha de frente." Também foi defendido que, uma vez que o governo conseguiu emplacar o aumento das alíquotas de ICMS, os servidores passem a receber os salários de forma integral, para movimentar a economia e, de fato, gerar arrecadação.
O presidente da AGV, Vilson Noer, reforçou que a insegurança gerada pela greve do funcionalismo público atingiu as vendas de todo o comércio da Capital e Região Metropolitana. "Nos últimos dois meses, houve uma redução de 10% a 15% no consumo, o que representou aproximadamente menos R$ 1 bilhão circulando no comércio." O presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky, destacou que, além da campanha que será lançada na mídia, o grupo de entidades deve ser "proativo", através de uma série de ações, frente à questão da segurança pública. Na visão do dirigente, é possível disponibilizar recursos e parcerias, a exemplo de 30 bicicletas entregues recentemente pelo Sindicato à BM para patrulhamento dos bairros Cidade Baixa e Moinhos de Vento.
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