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Artes Visuais

- Publicada em 21 de Outubro de 2015 às 12:26

Bienal do Mercosul: menor, mas ainda íntegra

Gaudêncio Fidelis é o curador-geral da mostra que abre neste fim de semana

Gaudêncio Fidelis é o curador-geral da mostra que abre neste fim de semana


MARCO QUINTANA/JC
Michele Rolim
Depois de algumas dificuldades, que incluíram a redução do orçamento de R$ 12,5 milhões para R$ 7,5 milhões, questões operacionais do transporte de obras e, ainda, o desligamento de três curadores, a Bienal do Mercosul realiza a sua cerimônia oficial de abertura nesta sexta-feira, às 19h30min, no Santander Cultural (Sete de Setembro, 1.028).
Depois de algumas dificuldades, que incluíram a redução do orçamento de R$ 12,5 milhões para R$ 7,5 milhões, questões operacionais do transporte de obras e, ainda, o desligamento de três curadores, a Bienal do Mercosul realiza a sua cerimônia oficial de abertura nesta sexta-feira, às 19h30min, no Santander Cultural (Sete de Setembro, 1.028).
Com o título Mensagens de uma nova América, em sua 10ª edição, a Bienal apresenta 646 obras de 263 artistas de 20 países: Brasil, Chile, Paraguai, Cuba, México, Uruguai, Argentina, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador, Guatemala, Peru, Costa Rica, Panamá, Nicarágua, El Salvador, Porto Rico, Jamaica e Honduras.
Apesar de o volume de obras ter sido reduzido, o historiador de arte e curador-chefe, Gaudêncio Fidelis, garante: "a exposição permanece íntegra, ela foi construída a partir de determinados eixos, e esses eixos se mantiveram. Perdeu-se um pouco da massa estrutural, mas segue com uma enorme densidade artística e com um volume de obras muito significativo", destaca.
A ideia é retomar a vocação histórica da Bienal ao priorizar novamente a arte produzida nos países da América Latina, buscando dar conta de um considerável número de "pontos cegos" deixados pela crítica e pela historiografia. "É importante que consigamos introduzir esse modelo de exposições para as bienais, queremos sair um pouco dessa ideia de que a Bienal tem que apresentar um conjunto de novidades, pois ela tem que ser antes de tudo uma exposição de arte muito importante", lembra o curador.
Para Fidelis, apesar do caráter histórico dessa edição, que envolve desde trabalhos do século XVII e de outras bienais, é importante lembrar que se trata de uma exposição de caráter contemporâneo. "O que o público vai perceber é que ela é muito contemporânea na maneira como ela é construída, nas relações entre as obras, nas justaposições, nos contrastes, nos confrontos, ou seja, na maneira como as obras convivem", avisa.
As obras estão divididas em exposições que ocupam diferentes espaços na cidade e envolvem nomes como Aleijadinho, Adriana Varejão, Alfredo Jaar, Cildo Meireles, Arthur Bispo do Rosário, Beatriz Milhazes, Hélio Oiticica, José Clemente Orozco, Lygia Clark, Lygia Pape, Julio Plaza, Mira Schendel e Pedro Américo.
"A ideia é não reportar o espectador para um passado distante, o que se busca em exposições estritamente históricas e cronológicas, mas sim trazer o passado para junto do público. É importante mostrar que a produção artística não tem uma lógica linear tão precisa, as coisas avançam para o futuro, mas recuam para o passado de uma maneira muito surpreendente", avisa ele.
Outros que assinam esta edição ao lado de Fidelis são o curador-adjunto Marcio Tavares, a curadora-assistente Ana Zavadil e o curador do Programa Educativo Cristián G. Gallegos (do Chile). A Bienal do Mercosul segue até o dia 6 de dezembro. A entrada é franca.

Mostras da Bienal do Mercosul

  • Modernismo em Paralaxe: Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli - MARGS (Praça da Alfândega, s/n - Centro, Porto Alegre). De terça a domingo, das 9h às 19h.
  • Biografia da Vida Urbana: Memorial do Rio Grande do Sul (Praça da Alfândega, s/n - Centro, Porto Alegre). De terça a domingo, das 9h às 19h.
  • Antropofagia Neobarroca: Santander Cultural (Praça da Alfândega, s/n - Centro, Porto Alegre). De terça a sábado, das 9h às 19h. Domingo, das 13h às 19h
  • Marginália da Forma / Olfatória: o cheiro na arte / A poeira e o mundo dos objetos / Aparatos do Corpo: Usina do Gasômetro (Av. Pres. João Goularte, 551 - Centro, Porto Alegre). De terça a domingo, das 9h às 21h.
  • Síntese: Instituto Ling (R. João Caetano, 440 - Três Figueiras, Porto Alegre). De segunda a sexta, das 10h30 às 22h. Sábado, das 10h30 às 21h. Domingo, das 10h30 às 20h.
  • Programa Educativo e a obra A Logo for America - Alfredo Jaar: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (R. dos Andradas, 1223 - Centro Histórico, Porto Alegre). De terça a sexta, das 10h às 19h. Sábado, das 10h às 18h.
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