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- Publicada em 28 de Outubro de 2015 às 22:33

Meta é viabilizar o pré-sal com petróleo a US$ 30

Campo de Libra, na Bacia de Santos, terá primeiro teste de longa duração no primeiro trimestre de 2017

Campo de Libra, na Bacia de Santos, terá primeiro teste de longa duração no primeiro trimestre de 2017


AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
A Petrobras persegue uma redução de custos no investimento e na operação do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, a ponto de o projeto ser rentável mesmo com o barril do petróleo sendo negociado a US$ 30. O plano de negócios atual da Petrobras indica que o pré-sal é viável com o barril do petróleo cotado a, no mínimo, US$ 45. Atualmente, o barril do tipo Brent, negociado na bolsa de Londres, é comercializado a US$ 50, metade do que valia há um ano.
A Petrobras persegue uma redução de custos no investimento e na operação do campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, a ponto de o projeto ser rentável mesmo com o barril do petróleo sendo negociado a US$ 30. O plano de negócios atual da Petrobras indica que o pré-sal é viável com o barril do petróleo cotado a, no mínimo, US$ 45. Atualmente, o barril do tipo Brent, negociado na bolsa de Londres, é comercializado a US$ 50, metade do que valia há um ano.
Com a retração do preço da commodity, projetos no mundo todo passaram a ser revistos, inclusive o pré-sal no Brasil, a grande aposta da Petrobras para sair da crise financeira. Para que a área de Libra alcance o nível de rentabilidade perseguido pela Petrobras, a equipe técnica tem como meta a redução dos valores de contratos firmados com fornecedores e o uso de tecnologia para baratear o projeto.
A petroleira brasileira já conseguiu rever os gastos na compra de equipamentos e serviços em 13% em toda a área de exploração e produção, não só no pré-sal.Em alguns casos, foi possível chegar a uma economia de 20%, segundo a diretora de Exploração e Produção (E&P), Solange Guedes.Como contrapartida, a Petrobras tem oferecido estender os prazo de contratação e pagamento e ser menos exigente com o produto final, aceitando mudanças de especificações.
Algumas negociações são mais complicadas, disse Solange, porque "os fornecedores se preparam para a estrutura de custo" firmada inicialmente, mas que já não são condizentes com a crise da indústria petroleira. O problema é que as empresas costumam usar os contratos fechados com a Petrobras como garantia de financiamento. Ao mudarem os valores, as empresas são obrigadas a dar explicações aos seus financiadores, o que nem sempre é fácil, disse Segen Stefen, do conselho de administração da petroleira.
"Toda negociação precisa ser um processo de ganha-ganha", afirmou Solange, preocupada em passar a mensagem de que a reestruturação de preços é uma preocupação para todo o setor, inclusive o de fornecedores. Enquanto os preços do petróleo se mantiverem baixos, a Petrobras continuará perseguindo a revisão dos contratos. "Esse é um processo contínuo" dentro da empresa, sem prazo para terminar, disse a diretora.
A indústria nacional está sendo receptiva ao apelo da Petrobras para a redução de custos, afirma a diretora de Exploração e Produção. Solange destacou, também, que a empresa, no primeiro semestre, conseguiu reduzir os custos no investimento no E&P em US$ 560 milhões. De 2013 até o primeiro semestre deste ano, os custos da petroleira foram reduzidos em US$ 1,77 bilhão. Já o tempo de construção de poços caíram 57% de 2010 até setembro deste ano.

Produção é de 1 milhão de barris por dia

A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, disse que o tempo de construção dos poços do pré-sal teve uma redução significativa desde 2010 e destacou a produtividade dos poços do pré-sal. A produção triplicou nos últimos 30 meses, com a eficiência operacional da companhia tendo atingido 92,4%, na média dos últimos três anos.
Solange disse que a experiência adquirida ao longo da exploração e do desenvolvimento offshore foi determinante para a empresa atingir a marca de 1 milhão de barris de óleo equivalente por dia no pré-sal, em setembro. "A Petrobras atingiu uma combinação única de custos, produtividade e eficiência. Como consequência, um portfólio muito competitivo", acrescentou.
O campo de Libra, na região do pré-sal na Bacia de Santos, teve quatro poços perfurados. "A primeira fase do desenvolvimento da produção se concentrará na área Nordeste de Libra. O primeiro teste de longa duração está previsto para o primeiro trimestre de 2017; e o projeto-piloto, para 2020", disse a gerente executiva da Petrobras para a área de Libra, Anelise Lara. Ela elogiou a atuação integrada da equipe multidisciplinar de Libra, que inclui colaboradores das cinco empresas do consórcio que atua na área, formado pela Shell, Total, CNPC, CNOOC e Petrobras.