Facebook
Google
Twitter
A Infraero planeja criar balcões de check-in compartilhados entre as empresas aereas em nove aeroportos brasileiros a partir, provavelmente, do ano que vem. O sistema de check-in compartilhado, usado em aeroportos de todo o mundo, permite que os balcões deixem de ser exclusivos de determinada empresa - quando ociosos, poderão ser usados por outra companhia para atender passageiros.
A intenção da Infraerol é melhorar a eficiência dos aeroportos, criando, a depender da demanda, possibilidade de expansão ou redução de posições de check-in de cada companhia aérea. Segundo a estatal, receberão o sistema os aeroportos de Congonhas, Santos Dumont, Goiânia, Curitiba, Cuiabá, Manaus, Recife, Belém e Maceió.
Para operacionalizar a mudança, a Infraero fará licitação para contratar uma empresa para implantar um sistema de informática que permita compartilhar o check-in. O edital será publicado até o final do ano, anunciou a estatal. A Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), que reúne TAM, Gol, Azul e Avianca, afirmou que fará reunião nesta semana para discutir o tema. "O entendimento inicial é o de que a avaliação da implantação de tal sistema deve ser minuciosa e individualizada para cada aeródromo, envolvendo todos os interessados", diz a entidade, em nota.
Ao falar da situação geral da aviação, a Abear afirma não ver "favoravelmente qualquer iniciativa que possa resultar em adicional aumento de custos ou que implique compulsoriamente em despesas não planejadas no momento em que as companhias buscam saídas para lidar com o preocupante cenário de retração econômica".
O objetivo da Infraero é buscar novas receitas. Desde que perdeu para a iniciativa privada os seus principais aeroportos (Guarulhos, Brasília, Campinas, Galeão e Confins), a estatal perdeu 58% receitas e viu os seus custos recuarem apenas 17%. A partir do ano que vem, os aeroportos de Fortaleza, Florianópolis, Porto Alegre e Salvador também serão concedidos.
Aéreas desistem de trazer A380 ao País
Crise e redução dos passageiros tornam mais difícil a operação do maior avião nos aeroportos brasileiros
ERIC PIERMONT/AFP/JC
A recessão parece ter tirado o Brasil da rota do maior avião do mundo. Apesar do esforço da nova operadora de Guarulhos em adequar a pista para o Airbus 380, as grandes operadoras internacionais parecem não ter planos para operar o avião em São Paulo. A Emirates, que queria voar entre Dubai e Guarulhos com o modelo na época da Copa do Mundo, fará apenas um voo comemorativo para a capital paulista e nega planos de usar permanente do avião no País.
No início de 2014, os voos do avião de dois andares foram tema de controvérsia no Brasil quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) negou autorização para o modelo operar no terminal paulista. O avião só poderia pousar e decolar com a adequação da pista. A decisão frustrou planos de companhias aéreas internacionais como a Emirates e a Air France que, a poucos meses da Copa do Mundo, cogitavam aumentar a capacidade dos voos para o Brasil com o modelo que transporta mais de 500 pessoas.
Agora, as obras de adequação da pista de Guarulhos estão sendo concluídas e o terminal paulista pode finalmente receber a operação do maior avião do mundo. Apesar disso, o momento econômico é outro. Com dólar perto de R$ 4,00 e menos brasileiros viajando ao exterior, as aéreas parecem preferir colocar o avião em outras rotas mais atrativas. O modelo é muito popular nos voos entre a Europa e Oriente Médio e na rota dos Estados Unidos para a Ásia.
A Emirates terá apenas um voo comemorativo pelos oito anos de operação da rota Guarulhos-Dubai com o maior avião do mundo no dia 15 de novembro. A Air France também descartou o uso do A380 no Brasil. "Até esta data, atender o Brasil com o A380 não está na nossa agenda", informou a empresa.