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Opinião

- Publicada em 30 de Setembro de 2015 às 15:45

Mais uma vez, o sacrifício

Qualquer cidadão que gasta mais do que recebe acaba com suas finanças no negativo. Os juros de nossas contas vão aumentando, transformando-se em uma bola de neve, até chegar ao ponto em que não se tem mais de onde tirar dinheiro para pagá-las. Por que essa realidade tão fácil de entender seria diferente com nosso Estado? Obviamente não foi.
Qualquer cidadão que gasta mais do que recebe acaba com suas finanças no negativo. Os juros de nossas contas vão aumentando, transformando-se em uma bola de neve, até chegar ao ponto em que não se tem mais de onde tirar dinheiro para pagá-las. Por que essa realidade tão fácil de entender seria diferente com nosso Estado? Obviamente não foi.
Os salários dos servidores atrasados e parcelados, movimentos grevistas, escolas fechadas, calote na dívida com a União só reforçaram o nosso déficit histórico nas contas públicas. A desesperança que assola empresários e sociedade chegou ao ápice, quando aprovado por um voto de diferença pelos deputados estaduais, o aumento das alíquotas do ICMS pelo período de três anos. Imposto como "salvação" para o Estado, o projeto continuará penalizando a população e gerará potencial queda de arrecadação. O tarifaço acarreta a diminuição da oferta de empregos, da renda, das vendas do comércio, e das atividades da indústria e serviços.
Retirará da economia gaúcha cerca de R$ 2 bilhões, dinheiro que sai do bolso dos consumidores. Então, me questiono: esse realmente é o remédio ou é mais uma medida simplista de um governo igual aos demais? O Brasil e, por consequência, o Rio Grande do Sul, apresentam uma das cargas tributárias mais altas do mundo, e mesmo assim, seguimos na "lanterna" no ranking que mede o retorno oferecido à população pelos serviços públicos. Insistimos nos mesmos erros, ao invés de fazer as reformas, como a reestruturação da máquina pública e a redução de despesas.
O aumento de impostos não é a solução e sim, o início de mais um problema. O Estado precisa ser pensado de forma diferente. A população está indo para o sacrifício novamente, e precisa que o governo coloque em prática um projeto objetivo e de efetiva execução, que proponha uma reforma estruturante. Só assim será possível proporcionar uma maior capacidade de investimento por parte do governo estadual, incentivando o empresariado a empreender e investir.
Presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo
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