Foi por estar atento às oportunidades que o estudante de Administração de Empresas Rodrigo Ziede, 23 anos, resolveu iniciar a RZ Bracelets, empresa de pulseiras masculinas, há um ano e meio. Ele tinha uma página para amantes de relógios no Instagram com mais de 60 mil seguidores (/watchesgrade) e percebeu o quanto muitos estrangeiros gostavam de usar (e postar) o acessório. Resolveu, então, lançar um produto próprio para divulgar no espaço e ver como o público reagiria. "Eu sempre quis abrir uma empresa, mas nunca achei que ia entrar neste ramo", comenta. Assim, despretensiosamente, nasceu a marca que, sem investimento inicial, já no primeiro mês faturou US$ 3 mil.

Junto com a irmã e sócia Mariana, 25, ele vende cerca de 300 pulseiras por mês. Detalhe: 90% da produção, feita sob demanda, vai para fora do Brasil - disto, mais da metade para os Estados Unidos. Tanta abrangência é possível devido a uma parceria com a transportadora alemã DHL Express, que entrega o produto dentro de três dias no exterior. Por serem encomendas pequenas, Rodrigo conseguiu 70% de desconto nas entregas. No primeiro ano do e-commerce, eles tiveram meio milhão de reais de faturamento. O marketing funciona, principalmente, através do próprio Instagram (/rzbracelets) e do envio das peças para pessoas de notoriedade, jogadores de futebol, por exemplo, que podem gerar divulgação.

É Rodrigo quem desenha os modelos de pingente de fibra de carbono e manda produzir em São Paulo. Mariana fica com a parte da montagem dos acessórios. Há também opções de python, tecido de metal, banhadas a ouro, e diferentes tipos de cordas. A RZ Bracelets possui um site em inglês com valores em dólares e um brasileiro, em reais. Aqui, os preços vão de R$ 99,00 a R$ 169,00, e o frete é grátis. Em Porto Alegre, é possível encontrar a marca na loja Hemb, no bairro Mont'Serrat.

No verão brasileiro é quando as vendas baixam no Hemisfério Norte - onde também baixam as temperaturas. Rodrigo afirma que vai usar isso para trabalhar a estratégia de divulgação e expansão no Brasil nestes meses.

Para isso, eles estão à procura de lojas parceiras no Rio de Janeiro e em São Paulo. O fluxo do negócio é mesmo ir experimentando. "Talvez lançaremos uma linha feminina", expõe. "Mesmo o mercado de acessórios femininos sendo maior, a presença da mulher é importante, impacta nas vendas, seja para ajudar na escolha ou presentear", complementa.